segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Saudades...

Esse cara aí ao lado é ou era, como eu posso chamar, meu cunhado. Putz! O cara era muito legal, na dele, era o goiano, pois minha irmã conheceu-o lá em Goiânia, quando morou por muitos anos, batalhando como dentista. A garotinha da foto é minha sobrinha que hoje tem 11 anos e é a felicidade de casa.
O Zé Renato faleceu em 2002, vítima de câncer, muito agressivo, que o vitimou em apenas 55 dias após a descoberta. Minha sobrinha na época tinha apenas 5 anos de idade, faziam 2 anos que eles haviam mudado para cá, pra ficarem mais perto de nós.
Foi um baque. Corremos em muitos especialistas, o Zé tomou muita medicação e eu ainda achava que ele ia se curar. Mas não deu. A doença foi mais forte.
Tem dias que eu morro de saudades dele. Tem dias que eu fico imaginando o que deve ter passado na cabecinha da filha, o que ela deve ter sentido, o que ela esperava da vida ao lado dele.
Ele era a pessoa mais do bem que eu já conheci. Era sempre sorridente, sempre de bom humor, arrumava amigos em todos os lugares onde ia.
Aí, fico pensando de novo: como pode? Como pode uma pessoa do bem assim, morrer tão jovem, tão doente, tão fragilizado? Coisa de karma? De outra vida? Não sei responder, talvez nem queira saber.
Neste mesmo ano, após 10 dias, minha vózinha, que estava de cama há mais de um ano, também se foi. Ela que sempre foi guerreira, acabou adoentada em cima de uma cama, com uma parte do corpo imobilizado.
Foi trash, foi agustiante e achei que a gente nunca iria parar de sofrer. Mas o tempo passa, as coisas voltam ao normal, as pessoas se moldam conforme a chuva e já irão fazer 7 anos de todos os acontecimentos.
A única coisa que não muda é a saudade. Essa faz o coração sofrer, os olhos encherem de água, a boca secar.
Ah, como eu moro numa cidade de interior, no dia que meu cunhado faleceu, acabaram-pse todas as flores das floriculturas daqui. Foram muitas coroas de flores, muitas, enormes. Todos querendo homenagear o cara mais legal que existiu até hoje....abro um PS aqui pra contar uma coisa que me deixou cismada: no dia seguinte, fui com minha irmã no cemitério (coisa que nunca mais fiz, depois deste dia), e as faixas de todas as coroas haviam sumido....mórbido, não?
Nic, amo você! Pode contar comigo sempre!

5 comentários:

Elaine Gaspareto disse...

Olá!
Tudo bem?
Sabe o que eu sempre penso em relação ao câncer?
Que é uma doença covarde: não há nada que a gente possa fazer de concreto para evitar ter, destrói a pessoa e tem tipos, como o que vitimou seu cunhado, que são rápidos demais, nem dão chance.
Lamento muito por sua gente mas a vida segue, graças a Deus e ficou dele essa garotinha linda.
Fica com Deus, Andrea.

Tânia (Marienkäfer Laden) disse...

Que triste, mas essas coisas, claro, a gente não pode controlar. Quem sabe foi melhor assim, do que ele sofrendo por anos e anos? Reze por ele, só isso que se pode fazer.
Sobre a Bela, obrigada pela sua preocupação :) Ela não pode ficar em hotelzinho pq está doente. O ideal seria ficar em um lar temporário onde não houvesse outro animal, pois mesmo que seja um animal vacinado, há um risco (por ex., se a vacina estava vencida ou foi má conservada). Estou quebrando a cabeça aqui para ter uma idéia. Bjos e vou dando notícias!

Anônimo disse...

Oi Dé;
obrigada pelas palavras gentis e verdadeiras;entretanto,vc esqueceu de contar o detalhe do batom... o Zé,com certeza nao esqueceu e esta lá,esperando pra te dar um beijo,rsrsrs.
Concordo com a Elaine;o cancer é covarde.Outras doenças avisam,dão sinais,a gente corre,vende tudo pra tratar o ser querido,resignifica a vida e os valores depois que a tempestade passa.Mas o cancer,como do Zé(melanoma maligno) não avisa,não dá sinais... e ainda,quando apareceram as primeiras dores,já fazia uns 4 meses que o Zé havia sentido que alguma coisa ocorria e nunca,nunca, até a finitude, ele reclamou de alguma dificuldade ou da própria sorte.E hoje,encontro pessoas que um resfriadinho básico as tiram de cena,por não aguentarem mesmo,por preguiça,por falta de coragem,sei lá. A saudade,ah,a saudade é inimaginável.Catar os cacos leva anos,e só um detalhe fortalece a gente:Um dia,vamos nos encontrar novamente.E isso,não é saudade ou vontade,é Fé. Beijos,obrigada novamente.
PS:Mostre aos amigos como a Nic está hoje...

Karin Juliana - Mes chiens, ma vie! disse...

Olha, Andrea...

O câncer, hoje em dia, é uma doença pior que a AIDS. É impressionante como devasta o organismo.

Tive 2 cachorrinhas que sofreram desse mal, conheço pessoas que estão passando por isso. Para a AIDS, tem-se medicamentos que prolongam a vida da pessoas e não se tem mais a expectativa de morte. Mas, e o câncer? Coisa brava...

Meus sentimentos a você e seus familiares.

Fique com Deus!

Karin Juliana - Mes chiens, ma vie! disse...

Passa lá no meu blog! Tem selinho pra vc!

Beijocas!