Em outubro do ano passado, os donos do animal, batizado de Urso, venderam a casa onde moravam e se mudaram sem levar o cachorro. Durante dois meses, Urso aguardou a volta da família em frente à casa. Viu o imóvel ser demolido e, mesmo assim, continuou à espera dos donos.
Já debilitado, o cachorro foi retirado da rua após denúncia feita por uma vizinha à Acipa (Associação Cidadã de Proteção aos Animais) --uma ONG que atende animais em situação de risco.
"A vizinha me ligou e disse que ele estava morrendo", diz Laurenice Veloso, voluntária da Acipa. Com a demolição da casa, o animal ficava embaixo de um pé de limoeiro em meio aos escombros.
Segundo Veloso, Urso foi levado já doente para a entidade e recebeu atendimento veterinário. Com pneumonia, desidratação e desnutrição, o cão chegou até a passar por sessões de acupuntura durante o tratamento. "Quando eu e minha filha encontramos o cachorro, os olhos dele eram de uma tristeza indescritível", conta.
Ela descobriu o novo endereço dos proprietários do animal e foi atendida pelo casal. "Peguei o Urso nos braços e perguntei se eles o conheciam", diz. A justificativa dada, segundo ela, foi que o animal foi deixado para um pedreiro.
A ONG decidiu registrar um boletim de ocorrência e levou o caso à Justiça. O cão ficou mais de um mês internado em uma clínica veterinária. No período de internação, voluntários da Acipa se revezaram nas visitas a Urso, levando comida. "Ele adorava gemada. Tomava seis ovos por dia", diz Veloso.
Após receber alta, o cão foi adotado pela voluntária. No dia 25 de janeiro, o animal adoeceu novamente e teve paralisa nas patas traseiras. O quadro se agravou. No dia 16 de fevereiro, passou a ter dificuldades para respirar. Por recomendação veterinária, Urso foi submetido a eutanásia três dias depois.
Na semana passada, Atílio Dallagnol, que era proprietário do animal, ao participar de uma audiência no Juizado Especial Criminal, foi condenado, por maus-tratos, a pagar R$ 965.Ele não quis comentar o caso, que considera "encerrado". O valor já foi pago (R$ 465 foram depositados na conta de um conselho da comunidade e R$ 500 foram para ressarcir os custos veterinários).
Fonte: Folha de São Paulo.
De novo, o humano está nas notícias de jornais. Quando vamos aprender a sermos mais justos, mais compreensivos? Até quando vamos passar por sentimentos de outrem para que possamos seguir em frente?
Tenho dó de nosso destino.
5 comentários:
Como é possível que uma coisa dessas aconteça? O bichinho tinha amor por pessoas que nunca mereceram...eu não consigo mesmo entender...
Os animaizinhos tem muito mais sentimentos que a maioria dos "humanos". É muito triste nos depararmos a toda hora com casos assim. Bjs
Nice, nem me fale!!! Tô indignada com isso!
Gisa, chorando a cada hora que eu vejo notícias assim!
Triste demais até para comentar. Beijos.
De humano, este casal que o abandonou não tem nada!. E de novo
a vizinhança, ficou assistindo, demorou muito para ajudá-lo...
Eu não entendo, não aceito, que tristeza!!!.
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