Oi meu amor. É a mamãe. Hoje faz um ano que você foi embora, saiu pelo portão, foi dar uma volta e nunca mais eu te vi.Filhota, eu nem sei ainda se eu te espero, se eu te deixo simplesmente ir. Só sei que nunca em minha vida, havia perdido um cachorrinho.
Não sei porque você fez isso. Nunca sequer saiu de casa, nunca ficou mais do que um braço de distância.
Somente sei que ainda me lembro do seu pelinho branquinho, macio. Lembro das "conversas" enquanto eu passava a mão no seu corpinho magrinho. Lembro do seu porte de princesa: perninhas compridas, sem barriguinha nenhuma.
Mas eu não me lembro mais de seu cheirinho...
O que quer que aconteça, quero que saiba que nunca mais vou me esquecer de ti, amor. Te procuro pelas ruas, por casas, em qualquer cantinho.
Espero que você ainda não tenha me esquecido, pois te tenho aqui dentro do meu peito, para sempre!
Seja o mais feliz que puder e se a gente se reencontrar, nunca mais vou deixá-la.
Te amo, Quinda!
(Minha poodle de 4 anos, saiu de casa num domingo, não sei o porquê, mas nunca mais a vi. Coloquei em jornais, saiu anúncios em rádios, mas nunca ninguém me respondeu. Acho até hoje que ela está em outra cidade, pois no dia e seu desaparecimento, havia uma festa na chácara ao lado de casa. Penso assim, pois não imagino-a morta. Nunca! Quem sabe um dia, ainda a terei nos braços? A esperança é última que morre, não?)